Reza a lenda que um pseudo-xapuriense, homem de alto acesso que de quatro em quatro anos costuma desfilar pelas ruas da cidade em suas belas caminhonetes, foi nomeado pela Frente para coordenar a campanha vermelha na princesinha, o que deixou os "companheiros" locais mordidos de ciúmes. Com o nariz empinado e a arrogância característica dos poderosos petistas o novo coordenador de campanha nem deu trela aos revoltosos, tratou logo de providenciar comitê, carros de som, material de divulgação e definiu quem mandava mais e quem mandava menos dentro do diretório municipal.
Os "companheiros" da velha guarda ficaram em nervos, mas não havia o que fazer, afinal, "quem mandou o homem foi o pessoal de Rio Branco". A insatisfação só aumentou quando ficou notório que o novo dono do partido havia se cansado da campanha antes de findar o primeiro mês. Cansado, o dito cujo sentou-se numa mesa do Bar do Cepão e dali mesmo definia os rumos da campanha, entre um gole e outro.
Quando resolvia levantar, nosso protagonista metia os pés pelas mãos. Certa vez, o sujeito resolveu entrar no quartel da PM com um ar de comandante da tropa, apertou a mão de alguns policias e com um tom áspero falou sobre a obrigatoriedade de "votar do nosso lado". Um sargento, 45 doente e mais invocado do que os demais, respondeu-lhe que votaria em quem quisesse e logo virou-lhe as costas numa atitude honrada e corajosa, mas que lhe rendeu três dias de prisão disciplinar por ter "desrespeitado uma autoridade do Estado".
Resultado: A tropa inteira se revoltou e votou 45 cerrado, graças ao brilhantismo do coordenador enviado pelo "pessoal de Rio Branco".
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