Política Local

Como xapuriense apaixonado pela terrinha e como blogueiro quase aposentado, venho acompanhando por meio de blogs, colunas e fofoqueiros, os últimos acontecimentos da política em nossa velha princesa. Até já tinha prometido a familiares e amigos que me manteria de longe, sem postagens sobre o assunto, só olhando o circo pegar fogo, mas é impossível ficar indiferente ao que tenho visto, lido e ouvido, os incendiários de plantão estão indo longe demais.

Ao que me consta, algumas coligações têm usado seus palanques única e exclusivamente para atacar, difamar e ofender a honra e a dignidade de seus adversários políticos, que na verdade são tratados como inimigos de morte. A situação é vergonhosa, mas eu até já esperava por isso, sem projeto político, idéias ou realizações feitas pelo município, só o que resta para alguns é disseminar o ódio, arrotar imbecilidades e transformar comícios em verdadeiros shows de horrores.

O primeiro a jogar gasolina na lona do circo foi o ex-santo Wanderley Viana, que aliás, é uma metamorfose ambulante, bastou entrarmos no período eleitoral e o sujeito trocou rapidamente a bíblia pelo tridente, passando a aterrorizar, esculhambar e chamar pra briga qualquer um que não compactue com seus devaneios e cores partidárias. O pior é que ainda tem gente "dando corda" ao boca suja. Os líderes de sua coligação aproveitaram toda sua fraqueza e o elegeram como a estrela da companhia, o homem-ataque, o escolhido para pegar o microfone e cuspir palavrões, ofensas e desrespeito.

Essa tática de escolher candidatos a vereador para atacar os adversários majoritários das outras chapas tem sido a mais usada em Xapuri, assim o covarde não se expõe e ainda pousa com aquela velha cara de bom moço. O eleito para atacar os outros se queima, mas esse geralmente não tem nada pra falar mesmo, pra esses tanto faz.

A época do medo, dos covardes e dos loucos é passada, o povo xapuriense precisa se politizar e varrer alguns nomes da política local, gente que sempre sobreviveu mamando nas tetas da política local e que nunca fez algo de aproveitável pelo município. É preciso se interessar, conhecer cada candidato e suas reais pretensões, analisar cada projeto, cada plano de governo e sua capacidade de viabilização. É preciso se informar, querer fazer parte, saber que com nosso voto somos os protagonistas deste processo.

É chegada a hora de puxar o tapete dos espertalhões, dos sangue-sugas e dos marajás, não podemos permitir que nossas eleições sejam marcadas por baixarias, esculhambações e candidatos incompetentes sendo eleitos. Nossos escolhidos nos representarão por quatro anos e por isso precisam ter o mínimo de conteúdo, educação e respeito ao próximo.