Os Deuses do futebol existem.
Estive na noite de ontem no estádio Arena da Floresta para assistir ao jogo entre Rio Branco X Atlético -PR, partida válida pela Copa do Brasil, competição de nível nacional que classifica o campeão para participar da Taça Libertadores da América. Fui ao estádio para fazer a minha parte como torcedor acreano, no intuito de torcer por um empate ou quem sabe uma derrota por menos de dois gols de diferença, o que levaria a decisão para a partida de volta.
Acontece que o futebol é um esporte mágico que sempre reserva aos seus torcedores grandes surpresas e emoções, foi exatamente o que aconteceu ontem, numa noite atípica o Estrelão surpreendeu até o mais otimista dos torcedores, derrotando o Atlético pelo placar de 2 X 1. O placar pode causar estranheza em muitos, afinal, o Atlético é um time grande, disputa a primeira divisão do campeonato brasileiro, tem um orçamento milionário e estrutura infinitamente melhor se comparada a do time do Rio Branco, um clube modesto, que disputa a terceira divisão do brasileiro e com uma folha de pagamento que daria para pagar o salário de no máximo dois jogadores do Atlético.
Mas, o que é era quase impossível aconteceu, a Arena estava praticamente lotada, a torcida empolgada, os jogadores superando a diferença técnica com muita raça e disposição e os deuses do futebol jogando a nosso favor. Somente se apegando a esses deuses para explicar o ocorrido nos quarenta e cinco minutos iniciais, tudo dava certo para o time acreano, gol de bola lançada na área, gol contra, todas as bolas do adversário esbarrando na defesa ou indo para longe, enfim, um primeiro tempo que nem o mais apaixonado torcedor rio branquense imaginou e que acabou com o Estrelão vencendo por 2 X 0.
Com o início do segundo tempo começou também a robalheira da arbitragem, prova que até os árbitros vêm dispostos a eliminar o jogo de volta para reduzir os custos da CBF. O juizão começou a meter a mão sem cerimônias e só sossegou quando marcou um penalti a favor do time paranaense. Além disso, o "nobre" juiz acrescentou seis minutos de acréscimo, terminando o jogo apenas aos 52 minutos do segundo tempo.
Nem robalheira, nem pressão do Atlético, nada pode estragar uma festa quando tudo está conspirando a favor, o time paranaense diminuiu, mas não conseguiu evitar a vitória do Rio Branco, uma grande vitória que ficará marcada para sempre na memória dos acreanos que estiveram na Arena. Quem se importa se o Rio Branco for goleado no jogo da volta?? O importante é que vivemos 90 minutos de pura magia no nosso estádio, na nossa casa.
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