Mais um fim de semana se passou, e para iniciar com uma dose de humor e nostalgia essa segunda semana de fevereiro estive puxando na memória as opções existentes em Xapuri para quem gosta de um bom arrasta-pé nas horas vagas. Ao fazer isso pude notar como são excêntricos e curiosos os nomes das nossas antigas casas de festas, futos da criatividade do povo xapuriense esses nomes às vezes até viram motivo de piadas, mas quem se importa? O importante é a diversão!
Começando pelos mais antigos lembro bem do meu pai e tios falando no tal "pau-no-meio", bar dançante famoso em Xapuri que recebeu esse nome por ter uma árvore localizada bem no meio do salão, infelismente o "pau-no-meio" não é da minha época e por isso não pude conhecer nem dançar nesse lugar de nome curioso. Nos tempos áureos das bandas xapurienses, época na qual desfilaram pelos palcos xapurienses os melhores músicos que já passaram pela cidade, o lugar da diversão era o glamuroso Billar, ali, segundo muitos cidadãos xapurienses, aconteceram os melhores bailes já realizados em Xapuri.
O conhecido bairro do laranjal também abrigou duas casas de festas com nomes pra lá de originais. A primeira, e mais light, era um forró localizado bem na ladeira que dá acesso ao bairro e tinha o nome de Mandala, nada anormal a não ser pelos trocadilhos e rimas infames que alguns engraçadinhos de plantão faziam com o Mandala. A segunda, nem tão light assim, era uma casa que, talvez por seu nome, se tornou uma das mais conhecidas em Xapuri, o bom e velho "Forró do Piriquitão", só "Piriquitão" para os íntimos. Vou ficar devendo os motivos que levaram os donos do "Piriquitão" a batizar o lugar com esse nome, se algum xapuriense mais informado souber pode deixar via comentário.
Dois lugares mais contemporâneos, mas com nomes não menos criativos, são o "Pé na Cova" e o "Pinguelo da Viví". O "Pé na Cova" foi um forró e também boate das boas, lá esse blogueiro que vos escreve já balançou o esqueleto e curtiu noites inesquecíveis ao lado de bons amigos, o lugar recebeu esse nome por ficar a poucos metros do cemitério de Xapuri, mais precisamente do outro lado da rua. Já o "Pinguelo da Viví" é um daqueles forrozões tradicionais, já mudou algumas vezes de endereço, mas nunca de nome que, aliás, é uma homenagem à sua proprietária, a conhecida e divertida Viví.
Para fechar com chave de ouro deixei para o final o forró mais tradicional de Xapuri, local com público fiel e peculiar, gente que não abre mão de ouvir e dançar nas noites de sábado ao som de Juvenal e sua banda no "Espoca Chato". Localizado bem no centro da cidade, o "Espoca Chato" é a representação maior dos forrozeiros xapurienses, o lugar funciona há décadas e sempre está cheio, mesmo nos dias em que não tem arrasta-pé, pois lá também é ponto de encontro para os apreciadores de uma pinguinha e para quem gosta de bater um carteado.
Maxsuel, lamento contrariá-lo informando que o MANDALA que você diz ter um nome mais ameno, não era chamado de MANDALA relamente. Pra variar, esse local tinha o apelido nada sutil de "JÁ GOZEI". Você pode pesquisar com algumas pessoas de Xapuri que você constatará isso.
ResponderExcluirE não podemos deixar de lembrar aqui das histórias contadas por nosso avós e pais do famoso "PEGA" que funcionava tradicionalmente no período do "20" e era localizado na Rua 17 de Novembro pelas proximidades da CASA PORTUGUESA, e também o "FERRUGEM", local que recebeu vários nomes mas não deixavam de chamar FERRUGEM que era o apelido do então proprietário, assim como antes o mesmo local pertencia ao seu Flauzino ou Frauzino(não sei ao certo como ele era realmente o nome dele). São memórias que fazem a nossa história e a da nossa querida Xapuri, e que temos que ter orgulho dela e não deixar cair no esquecimento.
Milena Barros