O ano novo chegou e não veio sozinho. Trouxe com ele um novo prefeito, novos interesses, novas alianças e vereadores nem tão novos assim. O sentimento de mudança, defendido por muitos como a causa da vitória de Marcinho Miranda, ficou restrito ao campo do executivo, já que no legislativo "velhas raposas" se reelegeram e outras retornaram à casa, assim como fazem os filhos pródigos.
Escrever ou falar algo sobre a inerte Câmara xapuriense vem se tornando uma opção de risco, com alguns conterrâneos e colegas blogueiros sendo acionados na justiça por ousarem questionar as ações (ou falta delas) por parte dos "representantes do povo". Mas, por não abrir mão da liberdade de expressão e por não temer cara feia, vestirei agora a fantasia de Nostradamus xapuriense e farei uma previsão que, infelizmente, tende a se concretizar no legislativo mirim ao longo dos próximos quatro anos: A Câmara de vereadores de Xapuri continuará sendo um espaço meramente ilustrativo, improdutivo e inoperante.
Não é novidade que a "casa do povo" já não funciona em Xapuri há algum tempo e o resultado do último pleito eleitoral não dá o mínimo sinal de que essa situação possa melhorar. Sobre os reeleitos, alguns deles "profissionais políticos", titulares de mandatos extremamente medíocres, só o que tenho a dizer é que certamente não mudarão a forma de fazer política, trabalhando sempre com o favorecimento pessoal desse ou daquele.
Sobre os novatos, algumas constatações fáceis até pra quem não entende muito sobre a política local: Os que vêm da base de sustentação do prefeito ficarão completamente submissos ao executivo, numa relação promíscua de favores e interesses. Já os vindos do PT, apesar de novos nessa legislatura, são velhos conhecidos da população, já estiveram na câmara antes e não deixaram muita saudade, o que deve se repetir, ainda mais se levado em consideração que são minoria e foram varridos da mesa diretora da casa.
Nem com todo o otimismo que me é peculiar consigo prever algo muito diferente disso na casa dos edis xapurienses. Espero com toda a sinceridade ser surpreendido e ter as minhas previsões rasgadas pelos próprios vereadores ao final dessa legislatura. Quem viver, verá!
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