O Brasil vive nesse início de semana a ressaca pós-eleição, após um período de quase quatro meses que mexeu com os nervos de muita gente a disputa eleitoral chegou ao fim no último domingo e quão acirrada e emocionante foi essa disputa, principalmente no Acre, onde a eleição para o governo do estado foi decidida aos 45 do segundo tempo. Contrariando todas as pesquisas e expectativas o candidato da oposição Tião Bocalom vendeu caro a derrota para o governador eleito Tião Viana, aliás, a oposição como um todo sai fortalecida dessa eleição, enquanto a Frente Popular sofreu algumas baixas que certamente estão sendo sentidas por suas lideranças e militância.
Na disputa pelo senado o ex-governador Jorge Viana confirmou o favoritismo e ficou com a primeira vaga, seguido de perto por Sérgio Petecão que desbancou o outro candidato ao senado pela Frente Popular Edvaldo Magalhães. Certamente a derrota de Edvaldo foi um dos golpes mais sentidos pela Frente Popular nesse pleito e serviu para ensinar que não basta Jorge e Tião colocar um candidato em baixo do braço e dizer que ele é bom, se não tiver identificação com o povo não é o prestígio dos dois que irá eleger seja quem for, foi a resposta do povo a uma certa soberba dos irmãos Viana.
Na disputa pela câmara federal dois velhos caciques da oposição dominaram a votação, com destaque para Márcio Bittar que foi eleito com mais de 50 mil votos, na segunda posição aparece Flaviano Melo que se reelegeu para mais quatro anos. Muitos analistas e simpatizantes da oposição começam a pregar que a hegemonia do PT e da Frente Popular estão com os dias contados e usam o resultado das urnas para isso, se esse prognóstico irá se confirmar ou não só o tempo poderá dizer, mas com certeza o povo acreano usou as eleições 2010 para dar seu recado, a maior liderança e o dono do poder não é o Jorge ou o Tião, mas sim a vontade do povo, ou essas pessoas que se julgam os donos do Acre descem do seu pedestal e voltam a ter a humildade que tinham tempos atrás, ou o povo acreano vai lhes mostrar quem verdadeiramente manda por aqui.
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