Todos os jornais noticiaram ao longo desta quinta-feira o teste feito pelo humorista e agora deputado federal Tiririca, o novo deputado foi submetido a um exame e teve que "ler e escrever" diante de um juiz eleitoral, isso por que a legislação eleitoral brasileira não permite que pessoas analfabetas disputem cargos eletivos. Nas eleições de outubro Tiririca foi o deputado federal mais votado do Brasil, com o chamado "voto de protesto" o humor perdeu um palhaço e o país "ganhou" um representante.
A questão que gostaria de levantar nesse post é a verdadeira comédia em que tem se transforamado a política brasileira, algo muito preocupante para um país que tanto lutou para sair da ditadura e ter sua democracia fortalecida. O chamado "voto de protesto" é um mecanismo totalmente falho, pois a eleição de pessoas despreparadas não ajudará em nada no resgate da seriedade da política no Brasil, os protestos têm que existir, mas precisam ser sérios, objetivos e visar a efetiva melhora de vida para todos, não se pode protestar contra os políticos brasileiro colocando um palhaço no congresso.
Um caso como o de Tiririca aconteceu em Rio Branco na última eleição para vereadores, foi eleito para a câmara o folclórico Cabide, um sujeito alegre, humilde, simples, mas totalmente despreparado para representar o povo, Cabide venceu nas urnas com os votos de protesto, seu lema de campanha era: "Tire o Cabide do guarda-roupas e ponha na câmara". Se faz necessária uma profunda reflexão ao adotar mecanismos como o voto de protesto, existem meios mais sérios e inteligentes de fazer com que nossa voz seja ouvida, meios como os que eram vistos até bem pouco tempo atrás, como os movimentos juvenis, estudantis, os caras-pintadas, enfim, movimentos efetivos que ajudem a moralizar nossa política, afinal, política é coisa séria e nela não deveria existir lugar para comediantes.
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